Plástica do Nariz (Rinoplastia)

Normalmente o (a) paciente apresenta um nariz desproporcional ao restante da face, o que pode ou não estar afetando sua relação com as pessoas ao seu redor ou causando um retraimento social. Esta pessoa vem em busca de um nariz melhor adaptado as proporções das outras estruturas do rosto.

A rinoplastia normalmente permite que as cicatrizes fiquem escondidas dentro da cavidade nasal. Nestes casos, não haverá cicatriz aparente. Em outros casos, entretanto, existem cicatrizes externas pouco aparentes, como consequência de incisões feitas na columela (estrutura que separa as narinas) ou nas asas nasais, na área do sulco formado entre elas e a face. Nestes casos, impõe-se a colocação destas cicatrizes externas para se proporcionar um melhor resultado à forma final ou mesmo à fisiologia nasal.

Pessoas de pele morena podem apresentar uma cicatrização um pouco mais intensa, podendo vir a apresentar cicatrizes mais endurecidas ou elevadas. No caso da cirurgia plástica do nariz, este fenômeno ocorre com menos frequência que em outros locais do corpo, o que, aliado ao fato das cicatrizes serem quase que em sua totalidade internas, tornam esta ocorrência muito rara.

Não. É claro que a sua opinião será levada em consideração na escolha da técnica a ser utilizada. Mas existe um equilíbrio entre o nariz e o restante do rosto, equilíbrio este que o cirurgião deve observar, para que se obtenha um resultado natural. A qualidade da pele do nariz também poderá interferir no prognóstico do resultado almejado. Cada caso é analisado minuciosamente, a fim de que se possa dar ao nariz a melhor forma possível, dentro das exigências da face. Cirurgião e paciente deverão estar de acordo com o resultado possível de se obter. Além disso, o nariz tem inúmeras funções, dentre elas respiração e olfação, que precisam ser respeitadas.

A rinoplastia moderna cirurgia coloca em evidência a necessidade de melhorar a função do nariz, portanto a cirurgia terá que ser suave para não estragar o mecanismo respiratório do nariz, isto significa que não deve ser retirada muita substância do nariz. O objetivo da cirurgia é retirar ou ajustar os aspectos que chamam a atenção devolvendo a harmonia à face do paciente. Por esta razão não é possivel criar um nariz que seja isoladamente bonito, ele tem que ser proporcional à face.

Não. O nariz passa por diversas fases no pós-operatório até que atinja a sua forma definitiva. Em torno do 7º dia, quando retiramos o gesso, notamos a correção das deformidades principais, mas ainda se nota um inchaço que vai diminuindo com o passar dos dias e que tende a desaparecer totalmente depois do 6º mês. Muitos casos evoluem com melhora deste inchaço antes deste tempo, porém uma grande parte dos pacientes persiste com edema transitório, principalmente na ponta nasal por um período mais longo que o normal, podendo chegar a 1 ano.

Alguma dificuldade no pós-operatório mediato (algumas semanas), pode ocorrer, isto se deve ao fato de também existir edema na parte interna do nariz, e da diminuição do movimento da “válvula respiratória” devido a alteração da elasticidade das asas. Com o decorrer do tempo tende a normalizar-se. Problemas respiratórios geralmente são ligados ao septo que, em muitos casos, é corrigido no mesmo tempo cirúrgico com a intervenção associada de um médico especialista (otorrinolaringologista).

A prática nos mostra que, em alguns casos, após realizada a rinoseptoplastia desaparecem os sintomas crônicos que vinham incomodando o paciente há anos. Isto, entretanto, não poderá ser assegurado para todos os casos. Algumas pessoas até podem apresentar uma piora do quadro. O importante é esclarecer que raramente as funções respiratórias ficam prejudicadas após a cirurgia estética do nariz. Deve-se tentar ao máximo a preservação das funções respiratórias na rinoplastia.

Notamos, de um modo geral, 3 fases de evolução pós-operatória. A primeira compreende em média as 2 primeiras semanas, em que o paciente apresenta ainda rouxidão e inchaço mais intensos, após a qual já estará satisfatoriamente apresentável para o convívio social. Na fase intermediária, após 6 a 8 semanas, o inchaço já regrediu em sua maior parte e o paciente começa a perceber as mudanças do formato nasal. E na fase mais tardia, entre 6 meses a 1 ano, o resultado já poderá ser encarado como final.

O resultado de uma rinoplastia persiste por longo tempo. Após alguns anos, como em qualquer parte do organismo, poderão ocorrer algumas alterações morfológicas na região nasal, tais como aumento da espessura da pele e hipertrofia das glândulas sebáceas.

Esta é uma cirurgia de médio porte. Raramente ocorrem complicações, uma vez que, no pré-operatório preparamos os pacientes para evitar intercorrências. Mas não estamos livres de imprevistos.

Tanto a anestesia local quanto a geral poderão ser utilizadas, dependendo da técnica cirúrgica necessária.

A cirurgia dura entre 2 e 4 horas. Existem alguns casos em que este tempo é ultrapassado, desde que as circunstâncias assim o exijam, para que se atinja um resultado melhor

Poderá variar de 4 horas a 1 dia. Tudo dependerá do tipo de anestesia utilizada e da recuperação do paciente no pós-operatório imediato, sempre visando seu maior conforto e segurança.

A maioria dos pacientes queixa-se apenas de desconforto e uma sensação de resfriado leve. Quando existe dor, analgésicos comuns são suficientes. Quando a técnica cirúrgica exige fratura dos ossos nasais, irá ocorrer uma leve equimose (rouxidão) próxima aos olhos e que também não é dolorosa.

Em alguns poucos casos podem ocorrer uma alteração da sensibilidade próximo a região da ponta nasal, que costuma regredir em poucas semanas.

Nos casos em que se realiza o procedimento de fratura, o nariz é mantido imobilizado com gesso ou outro material imobilizante, que o recobre totalmente, permanecendo por cerca de 7 dias, período após o qual é retirado no consultório. Após a retirada desta placa ou gesso, realizamos uma microporagem do nariz por mais 7 dias. Geralmente em casos em que realizamos fraturas optamos pela utilização de tamponamento nasal, que poderá ser deixado por 24 a 48 horas. Se for realizada a correção simultânea do septo, poderá ser ultrapassado este tempo, com troca de tampões. Ao retirar o gesso mantemos um curativo com fita cirúrgica (micropore) por mais uma semana. Após 15 dias não é mantida nenhuma imobilização (curativo).

Apesar de poderem cair sozinhos, os pontos internos são retirados gradativamente a cada retorno do paciente, de modo a não atrapalharem aa limpeza interna do nariz.

Já os pontos externos realizados para a diminuição das asas nasais poderão ser retirados a partir do sétimo dia de cirurgia.

Nos primeiros dias após a cirurgia, normalmente ocorre um pequeno sangramento. No entanto, para que este sangramento não incomodo, será utilizado um curativo seco de gaze externo, sobreposto às narinas, a fim de absorver esse sangramento.

A associação mais comum que se faz é realizar uma mentoplastia (cirurgia plástica do queixo) no mesmo tempo operatório de uma rinoplastia. Muitas vezes ocorre que, em pacientes com o queixo excessivamente pequeno, quando olhamos a pessoa de perfil, o nariz parece maior do que realmente é. Ao realizarmos a mentoplastia associada à rinoplastia, podemos corrigir as duas deformidades ao mesmo tempo.

Outras associações bem frequentes são a rinoplastia com a otoplastia (cirurgia plástica das orelhas), com a ritidoplastia (cirurgia plástica das rugas da face ou do rejuvenescimento facial) e com a inclusão de prótese mamária.

Normalmente esta cirurgia não está associada à ocorrência de complicações sérias, desde que respeitados certos critérios de risco. Mas como todo ato médico, apresenta um risco variável e a cirurgia plástica como parte da medicina não é exceção. Pode-se diminuir este risco preparando-se adequadamente cada paciente, mas não é possível eliminá-lo completamente. Por isso, todo o rigor no uso de medidas preventivas, tais como um check-up pré-operatório, dentre outras.

Com a cabeça um pouco elevada da cama, usando 1 ou 2 travesseiros, mantendo o rosto voltado para cima.

A cabeça poderá ser lavada já no primeiro dia de cirurgia, devendo-se tomar o cuidado de utilizar água em temperatura ambiente e de não molhar o curativo de gesso ou plástico.

Enquanto houver manchas de infiltrado sanguíneo, é aconselhável que se evite expor ao sol da rua. Se for inevitável, deverá ser utilizado um cremo foto-protetor FPS 30 na face. No entanto, para exposições mais longas, como num banho de sol, aconselha-se aguardar um período mínimo de 90 dias.

Óculos só poderão ser utilizados após a maior parte do inchaço ter diminuído, o que pode variar muito de caso a caso. Normalmente após 45 dias o uso de óculos poderá ser liberado.

Deve-se evitar ao máximo os esforços de assoar o nariz ou espirrar, para que se evite um aumento da pressão na área operada e que se evite a infiltração de ar na pele da área operada.

Poderá ocorrer uma diminuição transitória da capacidade de sentir cheiros logo após a cirurgia, que volta ao normal após algumas semanas.

O tempo para uma completa recuperação depende da cirurgia realizada. De modo geral o tempo mínimo é de 4 dias. Na plástica de nariz é sempre necessário o uso de curativo por 14 dias e isto dificulta o convívio em determinados ambientes de trabalho ou sociais, mas não o impede.

Atividades leves estão liberadas a partir de 30 dias. Os exercícios mais intensos poderão ser realizados após 90 dias. Deve-se tomar cuidado nos casos em que foi necessário realizar a fratura durante a rinoplastia, para que não ocorram traumas e os ossos se desloquem.

O aparecimento da equimose (roxo) ocorre nos casos que necessitam de fratura nasal, se inicia algumas horas após o procedimento e vão melhorando progressivamente até desaparecer entre 7 a 14 dias.

Unicamente é necessário estar são, para o qual solicitamos os exames correspondentes. Quanto à idade, é conveniente ser maior de 16 anos, para que a cirurgia não atrapalhe o desenvolvimento das outras estruturas do rosto.

Devido à complexidade de sua estrutura: pele, mucosa, osso, cartilagem, músculos e gordura, a cirurgia do nariz é uma das que mais frequentemente requerem retoque (cada tecido pode cicatrizar de forma diferente em cada paciente).

É uma intervenção segura e com amplas possibilidades; não obstante, devido à grande variedade de tecidos que reagem de forma diferente em cada paciente, existe uma pequena porcentagem, 12%, cuja operação necessita um retoque, ou seja, é necessário intervir novamente, mas normalmente é uma intervenção de menor importância.

O bom resultado de uma rinoplastia só pode ser apreciado 6 meses após a cirurgia, e o definitivo depois de um ano.

Primeiro é necessária uma entrevista pessoal a fim de avaliar as alterações, solicitar exames e explicar em que consiste a intervenção. Dependendo da época e do que deseja fazer, recomendamos, como mínimo, 20 a 30 dias.

Muitas são as fases que o corpo passa até que a cirurgia atinja seu objetivo. Até que se consiga o resultado pretendido, ocorrerão diversas mudanças na cicatriz, na forma do nariz, no inchaço, na sensibilidade, nas manchas de infiltrado sanguíneo, dificuldade respiratória nas primeiras semanas, etc. Portanto, é normal que ocorra alguma preocupação no sentido de desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto.

Toda preocupação de sua parte deverá nos ser transmitida, para que possamos tranquilizá-la, com os esclarecimentos necessários.

Alguns pacientes apresentam um curto período de depressão emocional nesta etapa, em decorrência destas alterações passageiras. Isto advém do desejo de se atingir o resultado final o quanto antes.

Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia do nariz deverá ser considerado como definitivo antes dos 12 meses.

Se você está ciente do que deseja e o cirurgião puder lhe propiciar aquilo que você pediu, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia de nariz não visa transformar você em outra pessoa. Não é possível transformar o seu nariz no nariz de outra pessoa. Você continuará com o seu nariz, porem com características diferentes. O cirurgião plástico apenas melhorará esse território prejudicado pelos defeitos aí pré-existentes.