Cirurgia

Sumário

Mama

Prótese Mamária

O método mais utilizado para aumento da mama feminina é a inclusão de próteses de silicone. O tamanho da prótese a ser incluída é definido tendo como base 3 fatores: o gosto pessoal da paciente, as limitações existentes na mama e o biotipo corporal. Cabe ao cirurgião plástico ajudar a paciente na definição do que melhor se enquadra a cada caso específico.

A mama, sendo uma região de extrema importância na sensualidade para a mulher, traz no seu aumento uma profunda elevação da autoestima e satisfação pessoal. É uma das cirurgias com maior índice de satisfação.

A cirurgia está indicada nos casos de hipotrofia mamária (quando ocorre diminuição no tamanho das mamas pequenas após a gestação ou alterações de peso) ou hipoplasia mamária (pequeno desenvolvimento das mamas). São utilizadas próteses de última geração, com rápida recuperação e excelentes resultados.

Para algumas mulheres o pequeno volume das mamas leva a uma insatisfação corporal, com baixa autoestima e dificuldade na adaptação social. A inclusão de prótese mamária proporciona uma melhora na autoimagem destas mulheres, no que se refere ao principal símbolo de sua feminilidade.

Ficha resumida

Idade recomendada: a partir dos 16 anos, desde que a mama tenha seu tamanho estabilizado a 2 anos.

Anestesia: local com sedação, peridural ou geral.

Duração da cirurgia: entre 1 hora e meia a 4 horas.

Permanência na clínica ou hospital: entre 4 horas há 1 dia.

Cicatriz: no sulco inframamário ou na parte inferior da aréola.

Pré-operatório: Exames de laboratório (sangue e urina) + Exames radiológicos (Raio X, Ultrassom e Mamografia) + Avaliação ginecológica ou mastológica se necessário + Avaliação cardiológica se necessário + Eletrocardiograma + Teste de detecção de bactéria multirresistente + Teste de COVID+ Arquivo fotográfico.

Pós-operatório: curativo diários com Soro fisiológico, Clorexidine e Rifocina até queda das crostas da cicatriz; não dormir de lado por 30 dias; uso de soutien especial por 3 meses; uso de faixa pós-operatória nos casos de prótese submuscular.

Tempo de recuperação: entre 7 a 15 dias para atividades que requeiram esforços leves; entre 1 a 3 meses para atividades que envolvam esforço físico.

Acompanhamento pós-operatório: após a alta médica, acompanhamento anual com exames de imagem (mamografia, ultrassom ou ressonância nuclear magnética).

Como é feita?

Considerações Técnicas:

O objetivo destas observações sobre a inclusão de prótese mamária é apresentar de maneira clara e simplificada detalhes que seguramente estão lhe interessando no momento.
Passos da cirurgia:
  1. Incisão (corte) realizada próximo ao sulco mamário inferior ou na parte inferior da aréola;
  2. Descolamento da área em que será colocada a prótese, em posição subglandular (totalmente debaixo da glândula), em plano duplo (“dual-plane”, com a metade superior da prótese em plano submuscular e a metade inferior em plano subglandular) ou submuscular (totalmente debaixo do músculo);
  3. Introdução da prótese escolhida;
  4. Fechamento com pontos intradérmicos.

Cuidados Pré-operatórios

Com a intenção de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes sobre o período pré-operatório da inclusão de próteses mamárias.

Período prévio à cirurgia

  • Evite tomar aspirina ou remédios contendo AAS (ácido acetil salicílico) e vitamina E, pelo menos nas duas semanas que antecedem à cirurgia, pois poderá interferir no processo de coagulação. Isto inclui Gingko-Biloba.
  • Suspender anticoncepcionais 15 dias antes da data da cirurgia;
  • Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de 15 dias do ato cirúrgico. Isto inclui também certos diuréticos.
  • Evite tomar ou usar substâncias tóxicas ou drogas nas duas semanas antecedentes a cirurgia.
  • Não fume nos 15 dias que antecedem a cirurgia e nas duas semanas de pós-operatório, pois poderá haver retardo da cicatrização.
  • Providencie acompanhante para contato e para a alta da clínica (nome e telefone).
  • Comunique ao médico se tiver episódio de erupção de qualquer tipo de herpes.
  • Não se exceda em exercícios físicos, alimentos e não tome bebidas alcoólicas.
  • A menstruação não é impedimento à sua cirurgia, mas de preferência programe-a para fora do período menstrual.
  • Comunique ao médico qualquer atraso menstrual ou possibilidade de estar grávida.
  • Recomendamos usar roupa de algodão no dia da cirurgia.
  • Comunique qualquer sinal de resfriado, conjuntivite, herpes ou infecções que surgirem na semana anterior à cirurgia. Nestes casos, o procedimento cirúrgico deverá ser transferido até a resolução do processo infeccioso.

Na Noite Véspera da Cirurgia

  • Tome banho geral usando sabonete antisséptico (Sabofen ou similar).
  • Alimentação leve até meia-noite.
  • Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito fartas, na véspera da cirurgia.
  • Observar jejum total de 8 horas antes da cirurgia, inclusive água, cafezinho, balas e refrigerantes.

No Dia da Cirurgia

  • Tome banho geral usando sabonete antisséptico (Sabofen, Soapex, Protex ou similar), com atenção especial para a região a ser operada.
  • Chegue à Clínica ou Hospital no horário marcado.
  • Tome somente a medicação prescrita.
  • Não use cremes ou maquiagem e deixe as unhas sem esmalte ou base.
  • Venha com roupas confortáveis e folgadas, que não precisem ser colocadas pela cabeça, pois serão usadas por ocasião da alta.
  • Traga uma pequena bolsa com objetos de uso pessoal.
  • Não traga jóias ou objetos de valor.
  • Ao chegar à Clínica ou Hospital, comunique na recepção o nome e o telefone do familiar ou acompanhante que virá buscá-la.

Cuidados Pós-operatórios

Com a intenção de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes sobre o período pós-operatório da inclusão de prótese mamária.

  • Orientamos repouso total no primeiro dia após a cirurgia;
  • No primeiro dia de pós-operatório, após o retorno na clínica, orientaremos sobre possibilidade de elevação dos braços.
  • Mantenha uso do sutiã pós operatório por 3 meses.
  • Siga rigorosamente a prescrição médica.
  • Realize drenagem linfática pós-operatória. Ela é fundamental para o bom resultado, pois ajuda a evitar a formação da cápsula fibrosa que endurece as mamas e o acúmulo de líquido ao redor da prótese.
  • Não se preocupar com as formas intermediárias das mamas nas diversas fases de evolução do pós-operatório. O resultado final com relação ao formato das mamas será verificado cerca de 12 meses após a cirurgia. A aparência da cicatriz somente se estabilizará entre 1 a 2 anos após a cirurgia.
  • Dirija carro após 2 semanas e motos após 30 dias, após liberação médica.
  • A exposição ao sol pode ser feita após 90 dias gradativamente.
  • Os exercícios físicos moderados podem ser iniciados após 45 dias.
  • Natação, volei e musculação após 90 dias.
  • Não utilize outros analgésicos além dos recomendados.

Vídeo

Dúvidas frequentes

Nos dias de hoje a “mídia” é um fator influenciador na nossa vida. A televisão, a moda, as novelas, o cinema, os formadores de opinião como artistas, etc, a idéia da juventude eterna e a mudança dos parâmetros de beleza são meios pelos quais nós somos atingidos à procura do bem-estar, de ser notado e da tão desejada felicidade. Este fator é preponderante na decisão por parte das mulheres atuais em colocar próteses de silicone nas mamas; mesmo que os medos existam.

Em nossa experiência nos últimos vinte e cinco anos, observamos que o aumento do número de candidatas a esta cirurgia está associada à maior deliberação e independência da mulher que tem coragem e o poder de assumir e decidir por si própria o que fazer do seu corpo. Escutamos muito após a cirurgia o seguinte: “um sonho que só agora se realizou”, independente de pai, marido, namorado ou qualquer outra mulher. Faz parte do nosso cotidiano clínico, histórias de descontentamento pessoal em mulheres cujas mamas não se desenvolveram ou são muito pequenas; o que lhes causam sempre constrangimento às vezes momentaneamente resolvido com o sutiã de enchimento. Outro grupo de candidatas é aquele no qual as mamas sofreram redução de volume e queda após a amamentação, deixando comprometida a sensualidade e auto-estima. As mulheres, em geral, acham as suas mamas lindas durante o período da gravidez; sabe-se que nesta fase as mamas aumentam de tamanho com o objetivo da lactação.

Existem ainda aquelas pacientes que são atormentadas com o diagnóstico de câncer de mama. De acordo com cada caso, podemos recorrer ao uso das próteses de silicone para restaurar o dano causado pela retirada daquela lesão.

Procuramos sempre avaliar o perfil psicológico da candidata à prótese de silicone nas mamas, aparando sempre as arestas dos exageros e modismos baratos.

Como qualquer procedimento cirúrgico, você irá apresentar cicatrizes. Existem técnicas em que conseguimos torná-las pouco perceptíveis pela sua localização e tamanho reduzido. Porém, nunca desaparecerão por completo.

Normalmente entre 4,5 e 6 cm, que é o tamanho necessário para a introdução da prótese.

Após o exame físico da paciente e uma vez entendido seu biótipo e seu desejo de volume, partimos para a explicação do tipo de cicatriz necessária para colocar as próteses. Utilizamos os seguintes acessos: peri-areolar (uma incisão semicircular em volta do complexo aréolomamilar na sua metade inferior), infra mamária (uma pequena incisão feita no meio do sulco mamário) e o axilar (uma incisão curva na região axilar). Na grande maioria dos casos a opção é pelo acesso infra mamário, principalmente nos casos em que o complexo aréolomamilar for muito pequeno. O acesso axilar é mais complexo e mais sujeito a riscos e complicações, fato pelo qual não o utilizamos de maneira rotineira.

Quando há excesso de pele (mamas caídas), as cicatrizes serão maiores, podendo ser extensas, em forma de L ou T invertido. A escolha dependerá de cada caso e será discutida com a paciente. Desde os primeiros dias de pós-operatórios poderá ser usado um “decote bastante generoso”, pois, as cicatrizes ficam bastante disfarçadas. Com o decorrer do tempo, as cicatrizes vão ficando menos visíveis, adquirindo se aspecto final entre 1 a 2 anos de pós-operatório.

As próteses poderão ser colocadas atrás da glândula mamária, abaixo do músculo peitoral maior ou atrás da fáscia (tecido fibroso sobre o músculo) do músculo peitoral maior.

As cicatrizes serão permanentes, e vão se modificando com o decorrer do tempo. Cada paciente comporta-se diferentemente de outro, em relação à evolução das cicatrizes, podendo, mesmo, em alguns casos, tornar-se imperceptíveis.

Alguns pacientes podem apresentar predisposição à cicatrização inestética (cicatriz hipertófica e quelóide). Este fato deverá ser discutido, durante a consulta. Neste momento, avaliaremos possíveis características familiares e pessoais, que podem alterar a evolução das cicatrizes. O aspecto final da cicatriz irá ocorrer 1 a 2 anos após a cirurgia.

Normalmente, indivíduos de pele clara apresentam uma menor tendência que pessoas de pele morena ou descendentes de orientais a desenvolver qualquer tipo de cicatrização inestética, independentemente do tipo de técnica utilizada.

Existem muitos tipos de tratamento disponíveis para melhorar as cicatrizes, desde que utilizados cada um na época mais apropriada. A cicatriz hipertrófica ou quelóide, não devem ser confundidas, todavia, com a evolução natural da cicatrização. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução cicatricial deverá ser esclarecida durante seus retornos pós-operatórios, quando se pode fazer a avaliação da fase em que se encontra. Normalmente não realizamos correções cicatriciais antes de 6 meses de pós-operatório, devido ao intenso processo de evolução pelo qual ela pode passar.

O gosto de cada paciente com relação ao tamanho da mama deve ser considerado, no entanto há diferenças quanto à composição e anatomia da mama entre as mulheres, que devem ser consideradas antes da decisão final.

Devemos ter em mente que um aumento exagerado e desproporcional é uma violência contra a natureza e deve ser evitado. O tamanho das próteses deve proporcionar à paciente mamas confortáveis e de acordo com sua altura e tamanho do tórax.

Através da colocação de próteses mamárias, ocorrerá um aumento do volume, com melhora de sua consistência e forma. A enorme variedade de volumes disponíveis possibilita, durante o período de planejamento da cirurgia, escolhermos um volume que mantenha a harmonia entre as mamas e o tórax.

Não é possível prever os efeitos de uma gestação sobre as mamas, podendo haver preservação da forma, e em outros casos, queda em graus variáveis. Quanto maior o controle de peso na gravidez, melhor é o grau de preservação do resultado.

Sim. Porém alguns casos podem apresentar dificuldades para amamentação, devido ao peso das mamas ou predisposição da paciente a não conseguir amamentar. Não é possível saber se pacientes que nunca amamentaram terão dificuldade para amamentar, dificuldades estas que ocorreriam independentemente de ter ocorrido a cirurgia.

Normalmente a dor é leve, na maioria das vezes está associada ao movimento dos braços e costuma regredir com analgésicos comuns. Algumas pacientes poderão necessitar de medicamentos opioides.

Algumas pacientes referem uma discreta pressão sobre as mamas quando a paciente se deita ou se levanta, nas primeiras semanas após a cirurgia.

Geralmente o paciente sente mais dor quando a prótese é colocada abaixo do músculo peitoral.

A anestesia poderá ser local com sedação, geral ou peridural, dependendo do caso. A escolha da técnica empregada será a cargo do anestesista da equipe, de acordo com os critérios científicos rigorosos que cada caso demanda.

Em média 2 horas, podendo variar de 1 hora e meia a 4 horas.

De 4 horas a 1 dia, dependendo da recuperação pós anestésica.

Sim. Curativos deverão ser realizados diariamente. O primeiro curativo é realizado na clínica ou o hospital, ocasião em que ensinaremos a paciente e acompanhantes como fazê-lo. Os drenos, quando usados, são retirados até 7 dias após a cirurgia

Sim. Apesar de utilizarmos fios absorvíveis por dentro da pele, alguns pontos sãoutilizados externamente, sendo retirados entre o 7º. e o 15º. dia de pós-operatório.

Depende do tipo de exercícios e da evolução individual, não existe um período padrão. Exercícios pesados envolvendo os braços devem aguardar 3 meses, sendo que alguns casos, a depender da avaliação médica, são liberados com 2 meses. Aqueles relativos aos membros inferiores, poderão ser reiniciados após 45 dias, evitando-se o “alto impacto”, sendo que em alguns casos são autorizados após 30 dias, dependendo da avaliação médica. Levantar os braços desde que o cotovelo não ultrapasse a altura do ombro após 1 a 3 dias. Para que os braços possam ser levantados com o cotovelo acima do ombro, orientamos esperar 15 dias. Dirigir carros com direção hidráulica após 15 dias, desde que não se tenha realizado retirada de excesso de pele.

O que limita a capacidade de trabalho após uma cirurgia de prótese mamária é a impossibilidade de fazer grandes esforços com o braço. Em qualquer atividade que o paciente for fazer, incluindo o seu trabalho, deve-se evitar levantar os braços acima da cabeça até 15 dias de pós-operatório, podendo fazer pequenos esforços, como, por exemplo, carregar pequenos objetos. Após 15 dias, já é possível elevar o braço acima da cabeça. Atividades administrativas, que não envolvam esforços, são autorizadas após 7 a 15 dias. Grandes esforços somente estão liberados após 90 dias.

No entanto, estas regras podem mudar de paciente para paciente. Algumas pacientes apresentam recuperação muito rápida, podendo fazer pequenas tarefas após 3 ou 4 dias. Vai depender velocidade de recuperação de cada uma.

O silicone na mama faz com que o organismo, em quase todos os casos operados, fabrique uma capa (cápsula) ao redor da prótese, como que a isolando do organismo. Por razões ignoradas, em algumas pessoas, essa cápsula se torna menor do que a prótese, endurecida, dolorosa e com aspecto artificial em maior ou menor grau. Esse processo é chamado pelos médicos de contratura capsular, sendo conhecida popularmente como rejeição. De acordo com a intensidade do quadro pode haver necessidade de substituir a prótese. Hoje, com uma tecnologia mais avançada das próteses, esta percentagem de contratura capsular é baixa.

O tratamento se faz pela troca da prótese, com troca do plano em que é colocada (em cima ou embaixo do músculo) quando necessário.

Posteriormente, ambos, eu, cirurgião, e você, paciente, poderemos ponderar sobre a conveniência ou não da reintrodução de outras próteses, com um diferente plano de introdução ou outra conduta que melhor se adapte ao caso. A retração da cápsula não reflete um problema cirúrgico ou imperícia do cirurgião, mas sim, um comportamento reacional exacerbado do organismo, devido à presença das próteses de silicone.

Apesar do resultado imediato ser muito bom, somente após 6 a 12 meses é que as mamas atingirão sua forma definitiva.
Quando há retirada de pele, nos primeiros 3 meses, a mama geralmente fica amassada em seu colo inferior, decorrente da própria técnica operatória, e que com o decorrer da evolução, sofre o processo de báscula, atingindo a forma natural. Toda e qualquer preocupação da sua parte deverá ser transmitida à mim que lhe prestarei os esclarecimentos complementares necessários. Um curto período de depressão emocional poderá ocorrer nas primeiras semanas, devido ao aspecto transitório e geralmente advém da ansiedade de se atingir o resultado final.

Toda cirurgia tem riscos, inerentes ao ato cirúrgico, mas, por ser uma cirurgia superficial, não envolvendo planos profundos, os riscos são mínimos, ainda mais com um adequado preparo pré-operatório.

No início, qualquer tipo de maiô, de 1 ou 2 peças, desde que a peça superior não fique muito justa. É claro que, após o amadurecimento das cicatrizes, os maiôs poderão ser mais “generosos” ao seu critério.

Normalmente liberamos banho parcial no mesmo dia da cirurgia. Banho completo é liberado após o retorno da paciente ao consultório, 1 dia após a cirurgia, ocasião em que a paciente será capacitada a trocar o curativo após o banho.

Você não deve se esquecer dos 6 a 12 meses necessários para que se atinja o resultado almejado, e de que normalmente demora 6 meses para regredir todo o inchaço. Até lá, toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu médico, que lhe dará os esclarecimentos necessários para sua tranqüilidade.

Sim. Existem alguns soutiens que são especiais para o uso no pós-operatório de prótese mamária. Eles dão mais sustentação para as mamas, sem aperta-las muito. São vendidos por representantes ou lojas especializadas. Quando a prótese é colocada abaixo do músculo, existe a necessidade do uso de faixas de compressão.

Com a cicatrização ocorrendo normalmente, o sol será liberado após 90 dias. Caso ocorra alterações na cicatrização, a paciente deverá se abster de exposição ao sol por 90 dias. Após esta liberação, é aconselhado uso de protetor solar por debaixo da roupa de banho.

Sim. Sendo feitos de maneira adequada, tanto a mamografia quanto a ressonância magnética encontram tumores mesmo em estágios iniciais. O implante de silicone não contra indica a realização destes exames.

Sob a forma de próteses, ou seja, gel de silicone protegido por um invólucro, e desde que fabricado sob as condições adequadas, os riscos são baixos. Com o desenvolvimento tecnológico que ocorreu durante estes últimos anos, os fabricantes vêm produzindo próteses mamárias de maior segurança para o uso médico. O silicone que não deve ser utilizado é o líquido injetável que é inclusive proibido de uso pela SBCP e CRM. Porém, indicamos o acompanhamento mínimo anual com exames de imagens, para detecção de rompimentos que podem ocorrer em alguns casos. Detectando-se este rompimento, é indicada a troca das próteses. Existem outros riscos, que serão expostos a paciente durante as consultas de avaliação, com os quais a paciente deverá concordar através da assinatura do Termo de Consentimento Informado. Nos últimos anos, constatou-se o desenvolvimento de Linfoma Anaplásico de Células Gigantes e Síndrome ASIA (conhecida também com “Doença do Silicone”), que ocorrem em raros casos.

Grandes estudos já comprovaram que mulheres que têm implantes de mama não são mais suscetíveis a câncer de parênquima mamário do que mulheres sem implante. Existe um tipo específico de câncer que ocorre na cápsula fibrosa que se forma ao redor das próteses, chamado Linfoma Anaplásico de Células Gigantes, que ocorre em aproximadamente 1 a cada 30000 casos.

Nos casos em que houve o tratamento cirúrgico de um tumor e a colocação de prótese para recompor a área retirada, nada impedirá de prosseguir com os tratamentos preconizados para o controle desta patologia. O ideal será começar a radioterapia após um mês, momento em que a cicatrização e o processo inflamatório natural já se encontram em estado avançado e mais seguro.

De modo geral é importante citar a existência das próteses na hora da marcação e realização do exame. Assim o profissional que o realizar tomará as devidas medidas técnicas para fazê-lo com segurança e evidenciar as eventuais alterações, caso existam. Estes exames evoluíram muito em tecnologia de precisão, auxiliando na elucidação do diagnóstico, independendo da existência ou não de implantes mamários.

Se houver ruptura acidental da prótese com extravasamento do seu conteúdo de silicone, pode haver a formação de vacúolos de silicone no tecido em volta, conhecidos como siliconomas e causar processos inflamatórios. Atualmente existem próteses com coberturas mais resistentes e conteúdo de gel coesivo, que mesmo se rompidas não extravasam rapidamente. Existem doenças raras que podem se associar a presença dos implantes de silicone, que serão explicadas durante a consulta médica.

Como são fabricadas com coberturas muito resistentes, é muito difícil que ocorra uma ruptura traumática da prótese. Geralmente estas rupturas estão associadas a traumas de alto impacto, em que lesões a órgãos vitais são o principal foco de preocupação.

Pode ocorrer uma pequena alteração de sensibilidade, que na grande maioria dos casos desaparece até 6 meses de pós-operatório.

Sempre que os exames preventivos de rotina revelarem alterações como ruptura, extravasamento do conteúdo da prótese e em casos de ocorrência de câncer. Em casos que ocorram contratura capsular em que o tratamento clínico não for suficiente pro controle da doença, a troca também será indicada. Outros fatores que podem levar a necessidade de troca são alterações que surjam com o passar do tempo, como ocorrência de dobras e surgimento de patologia mamária concomitante. Existe ainda a possibilidade de retirada das próteses pelo desejo da própria paciente.

Geralmente pacientes acima de 16 anos de idade já podem fazer a cirurgia, desde que a mama já tenha estabilizado seu crescimento há 2 anos.

Afinal, tanto as mamas exageradamente grandes como as demasiadamente pequenas constituem problemas psicológicos importantíssimos para uma jovem mulher.

Em alguns casos em que há uma queda muito leve, com mínimo excesso de pele, a inclusão de uma prótese de silicone pode corrigir. Porém na maioria dos casos com flacidez de pele há a necessidade da retirada de pele associada à colocação de prótese de silicone.

Trata-se de uma prótese desenvolvida para uso principalmente dos cirurgiões americanos, sendo pouco utilizada no Brasil. Sua utilização nos Estados Unidos ocorreu pelo fato da prótese com preenchimento de silicone ter sido proibida naquele país por um certo tempo.

Após a sua introdução no local definitivo, esta prótese é preenchida com soro fisiológico.

Em comparação com a prótese de silicone, apresenta várias desvantagens, tais como a possibilidade de esvaziar após algum tempo da sua colocação, uma maior ocorrência de ondulações na pele e a sensação de líquido chacoalhando durante a movimentação das mamas.

Cada caso é avaliado individualmente. Considera-se pelo desejo da paciente, seus critérios estéticos e de sensualidade, perfil psicológico além da forma das mamas e se há alguma assimetria. Por isso existem próteses de variadas formas e tamanhos para fazer-se a melhor escolha.

As próteses podem ser:

01. Redondas: normalmente dão um aspecto mais alto para o polo superior (parte de cima das mamas).

02. Anatômicas (em gota): utilizado nos casos de reconstrução mamária, no qual houve ressecção maior ou menor da glândula mamária.

03. Cônicas: dão maior projeção anterior para as mamas, mas devido a alterações na forma preferimos não as utilizar de rotina.
A escolha do modelo ideal é sempre baseada em exame clínico individual de cada paciente e considerando seu desejo; tudo explicado e conversado com a paciente, sempre feito de comum acordo médico-paciente. Os fabricantes informam de maneira geral que todo implante tem seu número de controle, marca e tamanho gravados, o que torna possível sua identificação a qualquer momento. Após a cirurgia, o registro da prótese colocada fica no prontuário médico do hospital ou clínica onde foi realizada a cirurgia e no prontuário médico do cirurgião. Uma cópia do registro é dada para a paciente e outra fica com o médico.

Se você esteja ciente das reais possibilidades de resultado e das limitações do seu caso específico, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia de inclusão de prótese mamária não visa transformar você em outra pessoa. Você continuará com a sua mama, porem com características diferentes. O cirurgião plástico apenas melhorará esse território prejudicado pelos defeitos pré-existentes.

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