Cirurgia
Face
Orelha em abano é o nome que se dá para as orelhas que se projetam excessivamente do crânio. Alguns casos são muito evidentes, mas outros dependem da avaliação subjetiva de cada um. É mais frequente em ambas as orelhas, mas em alguns casos afeta apenas uma delas.
Chamam mais atenção do que orelhas muito grandes ou muito pequenas. Por desenvolverem-se antes da cabeça, são particularmente perceptíveis nas crianças e ainda mais nos meninos, que não conseguem disfarçá-las com o cabelo.
As orelhas cumprem um curioso papel na estética da face. Enquanto os olhos, o nariz, a boca e os cabelos são alvos de elogios ou de críticas, às orelhas cabem apenas o direito de não serem notadas. Ao contrário de outras deformidades, que causam compaixão, o abano gera deboche, gerando um sentimento de insegurança. Seu efeito na autoimagem varia em função da sensibilidade individual. As crianças são vítimas de apelidos e brincadeiras cruéis e isto justifica a correção.
No convívio familiar e principalmente na escola, as piadas cruéis, apelidos e brincadeiras atormentam quem tem orelhas de abano. Dumbo, fusquinha de porta aberta, açucareiro, orelhudo são alguns exemplos de termos pejorativos que afetam a autoestima e prejudicam o desenvolvimento da personalidade da criança. Para adultos as brincadeiras são menos frequentes, mas a aparência das orelhas pode comprometer a ascensão social e financeira.
A correção é realizada através de uma cirurgia chamada otoplastia, através da qual a anatomia alterada da orelha é tratada.
A anatomia da orelha apresenta a seguinte esquematização:
As orelhas em abano ocorrem principalmente por um desenvolvimento inadequado da antélice e/ou por hiperplasia da concha. Podem também estar presentes um lóbulo grande (lóbulo hipertrofiado) e proeminente ou qualquer combinação dos itens acima citados.
Na figura abaixo esquematizamos as principais diferenças entre a orelha normal e a orelha em abano.
Idade recomendada: a partir dos 6 anos e meio.
Anestesia: local, local com sedação ou geral (para algumas crianças).
Duração da cirurgia: 2 a 3 horas.
Permanência na clínica ou hospital: quando utilizamos anestesia local, a alta ocorre logo após a cirurgia. Em casos com anestesia geral, não excede 24 horas.
Cicatriz: localizada atrás da orelha.
Pré-operatório: Exames de laboratório (sangue) + Raio X de tórax (quando anestesia geral) + Avaliação otorrinolaringológica se necessário + Avaliação cardiológica se necessário + Eletrocardiograma + Arquivo fotográfico.
Pós-operatório: curativo em forma de capacete protegendo as orelhas deve ser usado por um dia. Depois é necessário o uso de uma faixa durante 15 a 30 dias de maneira ininterrupta. Após 30 dias, é indicado o uso de faixa para dormir até completar 60 dias.
Tempo de recuperação: 45 dias para exercícios leves e 90 dias para exercícios intensos.
O objetivo destas observações sobre a cirurgia plástica de orelhas é apresentar de maneira clara e simplificada detalhes que seguramente estão lhe interessando no momento.
01. A cirurgia é realizada através de uma incisão atrás da orelha.
02. Por esta incisão podemos realizar a retirada do excesso de cartilagem da orelha, corrigindo sua projeção excessiva e aproximando-a do crânio.
03. Também através desta incisão pode ser realizada a correção das curvaturas defeituosas da orelha.
04. Após a cirurgia, é aplicado um curativo em forma de capacete para proteger a área operada.
Com o intuito de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes sobre o período pré-operatório da otoplastia.
Com o intuito de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes sobre o período pós-operatório da otoplastia.
O principal fator motivador para os que buscam uma correção de orelha em abano é evitar os constantes constrangimentos no seu relacionamento social.
A orelha em abano gera deboche, provocando um sentimento de insegurança, muitas vezes afetando a autoimagem.
Isto é especialmente válido na infância e adolescência, onde as crianças são vítimas constantes de apelidos e brincadeiras maldosas.
Para adultos as brincadeiras são menos frequentes, mas a aparência das orelhas pode comprometer a ascensão social e financeira.
As orelhas em abano ocorrem em 2 a 5% das pessoas. É mais frequente em ambas as orelhas, mas em alguns casos afeta apenas uma delas. O sexo feminino é discretamente mais acometido também.
Sim. Já foi provado cientificamente que as crianças vítimas de deboche e brincadeiras em seu ambiente de convívio, devido a orelhas em abano, tem maior chance de apresentar distúrbios de relacionamento, podendo afetar, no presente e no futuro, a sua autoestima e prejudicar o desenvolvimento da sua personalidade.
Com relação às crianças não devemos induzi-las, já que pessoas não motivadas tendem a não colaborar com o tratamento. Mas quando são muito tímidas, uma conversa cuidadosa com alguém em quem confiem pode detectar o desejo pela correção.
O conceito de normalidade varia bastante já que as pessoas têm altura e rostos com formas diferentes. No entanto, quando muitas pessoas fazem comentários sobre a forma e tamanho das orelhas, a chance de terem razão é bastante grande. Se você procura escondê-las com os cabelos e sente-se incomodado (a) com eventuais comentários, talvez seja hora de procurar corrigi-las.
Utilizamos uma cicatriz que se localiza atrás da orelha, no sulco formado entre esta e o crânio. Assim sendo, ela é muito pouco visível, e como se trata de região de pele muito fina, a própria cicatriz tende a ficar pouco perceptível.
Pessoas de pele morena podem apresentar uma cicatrização um pouco mais intensa, podendo vir a apresentar cicatrizes mais endurecidas ou elevadas. Como estas alterações na maioria das vezes ocorrem na região posterior da orelha, onde fica a cicatriz, costumam ter um tratamento mais fácil que em outras regiões do corpo.
Normalmente, quando realizamos a cirurgia em adultos, utilizamos anestesia local com ou sem sedação. Em crianças, geralmente utilizamos a anestesia geral.
De 3 horas a 1 dia, dependendo do tipo de anestesia utilizada.
Geralmente entre 90 a 180 minutos, podendo até ser maior em alguns casos. Aparentemente este tempo é maior para quem aguarda do lado de fora do centro cirúrgico. Isto ocorre porque o tempo de cirurgia não corresponde ao tempo de permanência do paciente no Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação para a anestesia e de recuperação pós-operatória.
Normalmente esta cirurgia não está associada à ocorrência de complicações sérias, desde que respeitados certos critérios de risco. Mas como todo ato médico, apresenta um risco variável e a cirurgia plástica como parte da medicina não é exceção. Pode-se diminuir este risco preparando-se adequadamente cada paciente, mas não é possível eliminá-lo completamente. Por isso, todo o rigor no uso de medidas preventivas, tais como um check-up pré-operatório, dentre outras.
A capacidade de ouvir não é afetada pela cirurgia, pois esta se restringe à parte externa da orelha, não havendo contato com a área responsável pela captação do som.
A cirurgia plástica das orelhas não costuma evoluir com muita dor. Caso ocorra, é considerada normal desde que controlável com analgésicos comuns.
Em alguns poucos casos podem ocorrer uma alteração da sensibilidade, com dormência em alguns lugares da orelha, que costuma regredir em poucas semanas.
No 1o dia de pós-operatório serão realizados curativos locais em forma de capacete. A partir do 2o dia, este capacete será retirado, e os curativos serão realizados protegendo-se a orelha com uma gaze e uma faixa de tecido específica para otoplastia, parecida com as utilizadas por jogadores de tênis, mantendo-a por 30 dias initerruptamente e por mais 30 dias somente para dormir.
A partir do 7º.dia poderemos iniciar a retirada dos pontos. Esta retirada poderá ser feita gradualmente até o final de 2 semanas.
Normalmente a orelha permanece com inchaço bem visível por um período de 1 a 2 semanas, podendo ter ou não algumas manchas roxas. Após este período, permanece um inchaço mínimo que irá ceder dentro de 2 a 3 meses. Em alguns casos raros o inchaço pode permanecer por até 6 meses.
Assim que se retira o curativo já teremos em torno de 80 % do resultado almejado. Normalmente após 2 a 3 meses o resultado será final.
Atividades físicas leves, tais como caminhadas, podem ser iniciadas após 45 dias, podendo ser aumentadas em intensidade até que com 90 dias possam ser realizadas atividades físicas de alto impacto. Recomenda-se que as atividades em que possa haver um potencial trauma na orelha, tais como futebol, vôlei, basquete, luta, etc, iniciem após um período de 3 meses, onde o processo de cicatrização já estará bem avançado.
Você poderá lavar a cabeça com água em temperatura ambiente à partir do 2o dia de pós-operatório, evitando molhar o molde de algodão que irá ocupar a parte externa da orelha por 1 semana. Após 30 dias estará liberado o banho com água quente na região.
Sim. Enquanto houver manchas de infiltrado sanguíneo, é aconselhável que se evite expor ao sol da rua. A exposição precoce ao sol pode manter o inchaço por mais tempo, aumentando assim o tempo de recuperação. No entanto, para exposições mais longas, como num banho de sol, aconselha-se aguardar um período mínimo de 90 dias.
O tempo para uma completa recuperação depende da cirurgia realizada. De modo geral o tempo mínimo é de 3 a 4 dias para a realização de atividades com esforço leve. Já para atividades que envolvam exposição ao calor, com exposição esporádica ao sol, este tempo será de 15 a 30 dias. Quando é necessário exposição a traumas nas orelhas e exposição ao sol por longos períodos, o tempo de recuperação pode ser de 90 dias. Na plástica de orelha é sempre necessário o uso de faixa ininterruptamente por 15 a 30 dias, e isto dificulta o convívio em determinados ambientes de trabalho ou sociais, mas não o impede.
Existe um risco mínimo, mas em alguns casos o paciente poderá apresentar uma leve volta do abano e uma leve assimetria poderá ocorrer, pois, mesmo as pessoas não operadas e com orelhas normais, não apresentam um lado igual ao outro.
Por ser uma cirurgia simples, a cirurgia plástica de orelha poderá ser associada à outras cirurgias, sendo as associações mais comuns a realização de rinoplastia (cirurgia plástica do nariz) no mesmo tempo operatório de otoplastia.
Outras associações bem frequentes são a otoplastia com a aplicação toxina botulínica e preenchimentos, e com a inclusão de prótese mamária, lipoaspiração e lipoescultura.
Muitas são as fases que o corpo passa até que a cirurgia atinja seu objetivo. Até que se consiga o resultado pretendido, ocorrerão diversas mudanças na cicatriz, na forma das orelhas, no inchaço, na sensibilidade, nas manchas de infiltrado sanguíneo, etc. Portanto, é normal que ocorra alguma preocupação no sentido de desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto.
Toda preocupação de sua parte deverá nos ser transmitida, para que possamos tranquilizá-la, com os esclarecimentos necessários.
Alguns pacientes apresentam um curto período de depressão emocional nesta etapa, em decorrência destas alterações passageiras. Isto advém do desejo de se atingir o resultado final o quanto antes.
Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia das orelhas deverá ser considerado como final antes dos 3 meses.
No caso das crianças pode-se operar a partir de seis anos e meio, quando a orelha já atingiu o tamanho próximo ao do adulto. A correção precoce evita as consequências das piadas e brincadeiras tão comuns nas escolas.
Geralmente após 3 a 4 meses teremos o resultado final.
Se você está ciente do que deseja e o cirurgião puder lhe propiciar aquilo que você pediu, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia das orelhas não visa transformar você em outra pessoa. Não é possível transformar a sua orelha na orelha de outra pessoa. Você continuará com a sua orelha, porem com características diferentes. O cirurgião plástico apenas melhorará esse território prejudicado pelos defeitos aí pré-existentes.
Reparadora
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